Equipamento possibilita popularizar aplicações da técnica e ampliar pesquisa de ponta no país
Foto: Divulgação
Uma parceria entre a startup Fine Instrument Technology (FIT), empresa direcionada a soluções com utilização da tecnologia de ressonância magnética nuclear, e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), viabilizou a instalação de um equipamento de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de alto campo, desenvolvido pela empresa chinesa QOne Instruments' Ltd.
A empresa chinesa incorpora tecnologias desenvolvidas na Suíça e na Inglaterra e vem comercializando o equipamento com um valor mais acessível à comunidade científica e industrial
O equipamento está instalado no laboratório de RMN do Departamento de Química da UFSCar e pode ser visitado por pesquisadores e empresas interessadas em conhecer ou contratar sua utilização para pesquisas e serviços de análises. A unidade é referência no uso e formação de recursos humanos na tecnologia de RMN no Brasil e no Mundo.
A parceria FIT-UFSCar tem como objetivo fortalecer a capacitação de pesquisadores da comunidade acadêmica e ampliar e popularizar pesquisas complexas, democratizando o acesso às técnicas avançadas de elucidação estrutural de pequenas moléculas, determinação da potência de fármacos e insumos farmacêuticos, pesquisas em ciência dos materiais e com alimentos e bebidas industriais, estudos metabolômicas em matrizes de origem animal e vegetal, entre outras.
“O equipamento de RMN de alto campo desenvolvido pela QOne representa uma opção com custo significativamente menor, possuindo valor aproximadamente 50% inferior em relação ao único modelo importado e comercializado no Brasil até o presente. Profissionais da FIT foram à China e fizeram extensa capacitação quanto ao funcionamento e manutenção do equipamento, o que proporcionará mais rapidez e segurança para instalações e manutenções preventivas e corretivas que se tornem necessárias, no Brasil”, destaca a diretora de Inovação e Relacionamento da FIT, Silvia Azevedo.
RMN de alto campo
A RMN de alto campo utiliza campos magnéticos mais intensos (geralmente 9,4 T ou superiores) para gerar espectros de alta resolução. Essa técnica permite a caracterização detalhada de moléculas e materiais, com aplicações em diversas indústrias.
Entre suas principais aplicações, destaca-se a análise de produtos da agroindústria, a identificação e quantificação de compostos utilizados na indústria química e farmacêutica, avaliação de propriedades de polímeros e nanomateriais, bem como análise de matrizes e processos de produção de biocombustíveis.
A instalação do equipamento na Ufscar foi acompanhada por técnicos da QOn e contou com a presença do CEO da QOne, Jay Wei, do CEO da FIT, Daniel Consalter e do professor Antônio Gilberto Ferreira, do DQ-UFScar, para quem a parceria marca a integração de tecnologia de ponta com o ecossistema científico, trazendo benefícios diretos para as pesquisas e indústrias do País.
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