O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, assinou portaria que abre a consulta pública para a implementação do Termo de Compromisso da Logística Reversa das Latas de Alumínio para Bebidas em cumprimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Foto: Divulgação
O evento foi no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília com a presença do secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, André França, deputado federal Carlos Gomes (Republicanos-RS), presidente executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), Cátilo Cândido e do presidente da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), Milton Rego.
"A iniciativa faz parte da Agenda de Qualidade Ambiental Urbana, por meio do Programa Lixão Zero, lançado pelo MMA em 2019. O intuito é acabar com os lixões espalhados em todo o no Brasil, com uma destinação final ambientalmente correta, além de aquecer o setor da reciclagem com a geração de emprego e renda", afirma o ministro Ricardo Salles.
O setor é caracterizado pelo alto índice de reciclagem das latas de alumínio para bebidas - 96,9% em 2018 - colocando o Brasil como um dos líderes mundiais. "A média nacional de reciclagem dos últimos 20 anos é superior a 90% das latas comercializadas, com grandes ganhos sociais, à economia nacional e à preservação dos recursos naturais", ressalta Cátilo Cândido.
O Termo de Compromisso da Lata reforça ainda mais o comprometimento do setor com a preservação do meio ambiente, tendo como objetivo aperfeiçoar o sistema de logística reversa da lata, com a manutenção do elevado índice de reciclagem da lata no patamar de 95%. "O volume reciclado de lata economiza, aproximadamente, 5.000 GWh/ano ou 1,0% do total consumido no Brasil e sua logística reversa garante geração de renda na ordem de R 5 bilhões por ano", enfatiza Milton Rego.
Para a operacionalização dos compromissos que pretende firmar com o Governo Federal, o setor propõe comprar todo o volume de sucata de lata disponível no mercado doméstico, aproximar os detentores da sucata da lata dos recicladores, particularmente as cooperativas de catadores e principalmente por meio de centros de coleta e rede organizada de parceiros com atuação em todo o território nacional, apoio técnico aos gestores públicos municipais na elaboração dos Planos Municipais de Gestão Integral de Resíduos Sólidos (PMGIRS), entre outros.
As contribuições podem ser feitas no site do Ministério do Meio Ambiente até dia 18 de setembro. A iniciativa é inédita e traz uma série de benefícios com ganhos ambientais significativos.
Principais números
• O Brasil é o terceiro maior mercado mundial de Latas e consome 1/4 de todo o alumínio comercializado no país;
• A lata é a principal embalagem para cerveja do Brasil;
• A logística reversa da lata beneficia mais de 800 mil famílias de catadores;
• O Ciclo de Vida da Lata é de 60 dias em média;
• O índice de reciclagem da lata é de 96,9% (2018; dado mais recente), o que corresponde a 320 mil toneladas recicladas ou 25 bilhões de unidades;
• Esse nível de reciclagem da lata reduz, em média, 70% a emissão de gases de efeito estufa e o consumo de energia elétrica em todo o ciclo de vida da embalagem;
• Cada 1 kg de lata reciclada poupa a extração de 5 kg de bauxita, necessária para a produção do alumínio primário.
Entidades envolvidas
Abralatas
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio foi criada em 2003 e representa 100% dos fabricantes brasileiros de latas de alumínio para bebidas: Ardagh, Ball, CanPack Brasil e Crown Embalagens. Um dos objetivos é estabelecer o intercâmbio de experiências com a sociedade, promover estudos e buscar a redução do impacto ambiental da indústria de latas, assim como discutir métodos de sua reciclagem e demais assuntos ligados direta ou indiretamente ao meio ambiente.
ABAL
A Associação Brasileira do Alumínio foi fundada em 15 de maio de 1970 e representa 100% dos produtores de alumínio primário e indústrias transformadoras que contabilizam 80% do consumo doméstico do metal. Interlocutora do setor, a ABAL atua por meio de Comitês Técnicos e de Mercado no desenvolvimento da indústria e no incremento de sua competitividade; na representação do setor junto ao governo; na difusão de aplicações e novas tecnologias ligadas ao alumínio, além de suporte informativo a associados e opinião pública.
Serviço:
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