Aprovações de crédito crescem 11% e, no período, MPMEs
continuam com mais da metade dos recursos liberados
*Redação
BNDES mudou a estrutura organizacional para agilizar operações e prospecção de novos negócios
Foto: Divulgação
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 4,3 bilhões em março, um aumento de 47% frente ao mês anterior. Com o melhor resultado mensal no ano, as liberações do BNDES atingiram R$ 11,2 bilhões nos primeiros três meses de 2018. No primeiro trimestre, as aprovações de novas operações de financiamento também tiveram um crescimento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior, resultado dos esforços do Banco para acelerar o ritmo de suas operações.
Desde o final do ano passado, o BNDES passou por um novo planejamento estratégico, que teve como um de seus resultados uma nova estrutura organizacional. Entre as novidades, está a redefinição dos papéis de cada diretoria, incluindo uma dedicada à digitalização que visa otimizar e agilizar a operacionalização de processos e produtos do Banco e outra voltada ao fomento e prospecção de novos negócios.
Ainda nesse sentido, começou a vigorar em 24 de abril a Taxa Fixa do BNDES, anunciada como uma alternativa à Taxa de Longo Prazo (TLP) para empresas que queiram maior previsibilidade em seus financiamentos. A Taxa Fixa vale, em princípio, para financiamentos do programa BNDES Giro, com prazo de até cinco anos, contratados por micro, pequenas e médias empresas (faturamento anual de até R$ 300 milhões).
Empresas desse porte já respondem por mais da metade das liberações do BNDES, tendo ficado com pouco mais de 54% dos recursos, ou R$ 6,1 bilhões, no primeiro trimestre. Esse resultado está em linha com a conclusão do estudo divulgado recentemente pelo Banco e que aponta que a participação das MPMEs nos desembolsos do BNDES nos últimos 30 anos mais que dobrou.
O crescimento das aprovações do BNDES no trimestre foi puxado pelo setor de infraestrutura, que respondeu por 41%, ou R$ 6,6 bilhões, das novas operações aprovadas pelo BNDES, no valor total de R$ 16 bilhões. O setor também foi o que recebeu mais recursos do Banco de janeiro a março deste ano, tendo ficado com R$ 4 bilhões, ou 36% do total desembolsado.
O destaque em infraestrutura, com R$ 1,7 bilhão em liberações, foi o segmento de energia elétrica, sobretudo os investimentos em parques eólicos no Nordeste região que recebeu R$ 2 bilhões no trimestre e R$ 13,6 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em março, com crescimento de 15% na comparação com os 12 meses anteriores.
Nos demais setores apoiados pelo BNDES, os desembolsos foram de R$ 2,7 bilhões em agropecuária (24,4%), R$ 2,6 bilhões (23,5%) para comércio e serviços e R$ 1,8 bilhão (15,9%) para Indústria.
No acumulado entre abril de 2017 e março de 2018, os desembolsos do Banco atingiram R$ 66,8 bilhões, dos quais R$ 25,9 bilhões foram destinados a projetos de infraestrutura, montante 3% superior ao liberado para o setor nos 12 meses anteriores.
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