No Dia do Mestre Cervejeiro, descubra as técnicas usadas para garantir sabor mesmo sem teor alcoólico
Alexandre Esber, mestre-cervejeiro e professor da Academia da Cerveja
Foto: Divulgação
Com baixo teor alcoólico, presente nas mais diversas ocasiões de consumo, a cerveja é uma escolha versátil capaz de acompanhar desde celebrações especiais até refeições leves ou momentos de pausa. Essa presença constante a torna uma aliada para quem busca equilíbrio, sem abrir mão do sabor. Não por acaso, as versões zero e low alcohol vêm ganhando cada vez mais espaço, oferecendo a liberdade de consumo em diferentes momentos. Mas como manter o sabor característico da bebida sem o álcool? A resposta está nas mãos experientes de um personagem essencial o mestre cervejeiro. Foi no dia 19 de junho, data dedicada a esses profissionais, é hora de mergulhar nos bastidores dessa transformação
De acordo com Alexandre Esber, mestre-cervejeiro e professor da Academia da Cerveja, o segredo começa na origem: “A base é a mesma das cervejas tradicionais água, cereais, lúpulo e levedura. A escolha dos ingredientes faz toda a diferença para entregar o aroma e o sabor que o consumidor espera”. E esse cuidado não para por aí: a tecnologia também entra em cena para garantir que uma cerveja sem álcool continue sendo, acima de tudo, uma boa cerveja.
Depois da escolha dos ingredientes, a produção do mosto cervejeiro que vai desde a moagem dos cereais até a fervura com o lúpulo segue praticamente os mesmos passos das cervejas tradicionais. Isso porque o objetivo é manter o sabor o mais próximo possível da versão original. Tudo é feito com o mesmo cuidado e atenção aos detalhes garantindo que o resultado final preserve o aroma, o corpo e o estilo da receita original.
A principal diferença está na fermentação. Nessa etapa, o mestre cervejeiro pode escolher entre dois caminhos: o primeiro é evitar que o álcool se forme, usando leveduras especiais ou interrompendo a fermentação antes do tempo necessário para o álcool ser formado. O segundo, mais moderno, é fazer a fermentação completa, como em qualquer cerveja tradicional, e depois remover o álcool com a ajuda de tecnologia geralmente por meio de um processo chamado destilação a vácuo. Assim, é possível garantir uma cerveja realmente zero, mas com todo o sabor preservado.
O toque final é dado na carbonatação e no envase, que selam o frescor e garantem uma experiência completa ao consumidor. Todo esse percurso é acompanhado com rigor: na Ambev, por exemplo, o controle de qualidade passa por mais de 1.300 pontos de inspeção e 376 testes, monitorados de perto pelos mestres cervejeiros. “Nada é deixado ao acaso. Cada etapa é observada com atenção para garantir o padrão de excelência que o consumidor já conhece”, afirma Esber.
O resultado desse trabalho meticuloso é um portfólio cada vez mais diverso e inovador. Dos rótulos com baixa caloria e sem glúten, como a Stella Pure Gold, às versões zero como Bud Zero, ou ainda cervejas com benefícios adicionais como a Corona Cero, enriquecida com vitamina D e premiada com medalha de ouro no Concurso Brasileiro de Cerveja 2025 o mundo das cervejas sem álcool mostra que dá, sim, para ter tudo: sabor, qualidade e equilíbrio, sem abrir mão do prazer de brindar.
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