Setor representa 43,6% das exportações do Estado; Déficit de São Paulo só não foi mais acentuado devido ao desempenho positivo do agronegócio estadual
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Entre janeiro e agosto de 2024, comparados com o mesmo período do ano anterior, o agronegócio paulista apresentou aumento nas exportações de 9,26%, atingindo US$19,81 bilhões, e alta de 9,3% nas importações, somando US$3,76 bilhões. Com esses resultados, o saldo da balança comercial do agro de SP obteve um superávit de US$16,05 bilhões, 9,25% superior em relação aos primeiros oito meses de 2023.
A participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado, de janeiro a agosto de 2024, foi de 43,6%, enquanto a participação das importações setoriais foi de 7,5%, segundo levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
É importante salientar que as exportações paulistas nos demais setores da economia, excluindo o agronegócio, totalizaram US$ 25,64 bilhões, enquanto as importações atingiram US$ 46,13 bilhões, resultando em um déficit externo de US$ 20,49 bilhões no período acumulado de janeiro a agosto de 2024.
“Vemos o agronegócio, mais uma vez, como principal responsável pelo controle do déficit da balança, impulsionado mais uma vez pelos setores sucroalcooleiro, carnes, produtos florestais e o complexo soja”, ressalta Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento de SP.
Exportações do Agronegócio Paulista por Grupos de Produtos
Os cinco principais grupos de produtos nas exportações do agronegócio paulista, de janeiro a agosto de 2024, foram:
1. Grupo Sucroalcooleiro: participação de 39,9%, totalizando US$7,91 bilhões, onde o açúcar representou expressivos 93,1% e o álcool etílico (biocombustível), 6,9%.
2. Carnes: 10,6% de participação, alcançando um valor de US$2,10 bilhões, com a carne bovina representando 84%.
3. Produtos Florestais: 10,4% de participação com um total de US$2,05 bilhões, sendo 53,8% de celulose e 38,6% de papel.
3. Complexo Soja: 10,0% de participação, registrando um total de US$1,98 bilhão, com a soja em grão representando 80,4%.
5. Sucos: 8,7% de participação, alcançando o valor de US$1,73 bilhão, sendo que o suco de laranja corresponde a 97,9% do grupo.
Esses cinco agregados representaram 79,6% das vendas externas setoriais paulistas. O grupo do café, tradicional no estado de São Paulo, ocupa a sexta posição, com 4,2% de participação, registrando US$837,61 milhões, 72,6% referente ao café verde e 23,5%% café solúvel.
Ao compararmos os primeiros oito meses de 2024 com o mesmo período de 2023, houve variações significativas nos valores exportados dos principais grupos de produtos paulistas, com destaque para aumentos nos grupos de café (+32,6%), sucos (+30,6%), complexo sucroalcooleiro (+26,6%), produtos florestais (+15,2%) e carnes (+4,6%), e uma queda no grupo complexo soja (-35,5%). Essas variações nas receitas de comércio exterior refletem oscilações tanto nos preços quanto nos volumes exportados.
Participação do Estado de São Paulo no Brasil
O agronegócio de São Paulo representou 17,8% do total nacional, aumento de 1,7 ponto percentual em comparação ao mesmo período do ano anterior. Entre os principais estados exportadores em valores, São Paulo e Mato Grosso estão tecnicamente empatados, sendo que o São Paulo ocupa a segunda posição, com 17,8% de participação, atrás de Mato Grosso (17,9%).
“Esses resultados só reforçam a importância do agro para a economia brasileira. Por isso, não medimos esforços para amenizar as perdas sofridas no campo por conta das queimadas registradas em todo o Estado de São Paulo. Já liberamos R$ 6 milhões para ajudar os produtores rurais afetados pelo fogo e seguimos apostando em políticas públicas em prol do agro paulista”, enfatiza Guilherme Piai.
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