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sexta-feira, 14 de abril de 2023

Com crescimento de 71,7%, alimentos e bebidas são os produtos mais vendidos na internet

Impulsionado pela pandemia do novo coronavírus, o E-commerce se consolidou no Brasil e tende a crescer nos próximos anos


Foto: Divulgação


Após registrar crescimento de 68% durante a pandemia de Covid-19, o e-commerce desacelerou. Segundo relatório da NIELSENIQ|EBIT, o setor teve alta de 2,2% em 2022 dados apontam para uma alta de 6% no primeiro semestre e queda de 2% do segundo. No entanto, um segmento se destacou e mantém crescimento expressivo: o varejo alimentício.

A venda de alimentos e bebidas nas plataformas digitais registrou um aumento de 71,7% em 2022. Este desempenho é amplamente superior aos outros segmentos, com o segundo colocado sendo o de perfumaria e cosméticos, que cresceu 21,2%. Em seguida estão pet shops, eletrônicos e casa e decoração com aumentos, respectivamente, de 16,3%, 10,5% e 9,6%.


Ticket médio cai, mas número de pedidos cresce

O comércio digital se fortaleceu durante a pandemia porque ele se tornou a solução manter os negócios andando. Segundo Marcelo Osanai, Head de E-Commerce da e-Nielsen|Ebit, o reaquecimento do consumo em múltiplos canais foi um fator importante para o setor alimentício apresentar estes números.

“Consumimos alimentos e bebidas de forma omnichannel há muito tempo, mas sempre há o que aperfeiçoar. Afinal, o consumidor não é único, mas múltiplo, com uma infinidade de desejos”, explica.

Em palestra no Congresso Grocery&Drinks, do E-Commerce Brasil, ele apontou que o crescimento acelerado da venda de alimentos e bebidas o torna bastante relevante para o varejo sendo central para os números do segmento. Afinal, o volume de pedidos feitos é enorme. “Por ser uma categoria de menor ticket, esse número tende a baixar um pouco”, conta.

Apesar do ticket médio ter caído 7,5% em 2022, o número de pedidos aumentou 7,9%. Além disso, o setor teve uma alta de 20,1% nos novos consumidores. Para Osnai, trata-se de um ano estável e que mantve os níveis de crescimento de 2021. Segundo ele, 49% dos varejistas apontam que o aumento no custo de vida, impactaram os gastos do comércio digital.


98,2% das compras alimentícias não são feitas no E-Commerce

Segundo a NielsenIQ Ebit, o varejo de alimentos e bebidas se tornou atrativo ao consumidor por oferecer maior comodidade. Para 65% dos clientes, não precisar sair de casa para comprar é o principal motivo para optarem pelos E-Commerces. Economia de tempo e entrega rápida são outros benefícios, apontatos por 47% e 42%, respectivamente.

Outro dado levantado pelo estudo é o crescimento dos marketplaces como opção para pequenos e médios negócios. Estas plataformas devem representar 3% das vendas online até 2025.

"Pequenas empresas aproveitam o volume de tráfego que é muito alto nos marketplaces", explica Rodrigo Cardoso, CEO da LAB2U. Para ele, a logística, maior escala para vendas e a segurança oferecidas pelo modelo estão entre os principais fatores para o crescimento destas plataformas.

Apesar do ótimo desempenho, o consumo de bens alimentícios através das plataformas digitais representa apenas 0,8% do investimento total em comida. Para Osnai, no entanto, não é algo negativo. “Isso mostra o tamanho da oportunidade de desenvolvimento que esse segmento ainda tem a crescer”, conta.


Quais as principais tendências do E-Commerce de comidas e bebidas?

Para o varejista que faz vendas no E-Commerce ou pretende começar, observar as diferenças de vendas de itens específicos é central para o negócio. Por exemplo, barras de cereais tiveram um aumento de 39,72% nas vendas presenciais, enquanto o crescimento foi de 86,40% nos digitais.

As bebidas, inclusive, são um grande destaque dos E-Commerces. Vinhos, Whisky e Gim são apontadas por Osnai como de grande potencial de retorno financeiro. A exceção é a vodka, que teve alta de 7% nas vendas em plataformas digitais e 34% nas presenciais.

Outro ponto importante é aproveitar datas sazonais para escolher os canais de venda. Na Black Friday, os E-Commerces registram crescimento de 13% nas vendas contra alta de 8,6% no offline. “É o mesmo consumidor, e existem sinergias. Mas temos que ter em mente que é preciso utilizar estratégias diferentes para cada canal”, explica Osnai.

Já os clubes de assinatura se manterão firmes no mercado. Movimentando R$ 1 bilhão por ano, o segmento oferece uma curadoria de produtos para os membros que pagarão pela assinatura e comodidade. 

Já o grocery é, segundo Osnai, um segmento tradicional e com grande potencial de crescimento. “Não sei se será em 2 ou 15 anos que isso será atingido. Na Coreia do Sul, por exemplo, o segmento de beauty era de apenas 15% em 2010. Em 2020, ele já representava 80%”, compara.

Para ele, a comparação com os meios tradicionais é inevitável. “O que eu posso adiantar é que há muitos consumidores que não são atingidos pelo digital neste segmento, assim como diversas oportunidades a serem exploradas”, encerra.


Serviço:

www.lab2u.com.br

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