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terça-feira, 18 de setembro de 2018

Pouco usual no Brasil, uva Ancellotta está ganhando espaço entre vinícolas gaúchas

Com origem italiana, ela é cultivada no Brasil na Serra do Rio Grande do Sul. A coloração intensa e a complexidade de sabores e aromas fazem da espécie uma das apostas da Monte Reale

Redação

Valdemiz Ancellotta foi eleito melhor vinho fino de 2018 em prêmio de Flores da Cunha (RS)
Foto: Divulgação


Nativa da região de Emiglia Romagna, na Itália, a uva Ancellotta ganhou espaço também nos vinhedos de outros locais da Europa, como no Sul da Suíça e da Espanha. Mas engana-se quem pensa que a cepa ficou confinada às fronteiras europeias. No Brasil, o clima da Serra Gaúcha foi o que acolheu suas parreiras e a qualidade já começa a ganhar os paladares dos apreciadores do vinho nacional.

Além da origem italiana, algumas características de sabor, cor e aroma deixam claro que a espécie tem tudo para se destacar na produção vinícola brasileira. Complexa e violácea, a uva traz acidez e aroma frutado, além de taninos maduros, particularidades que a fazem ser ideal na composição de blends de vinhos tintos e espumantes tintos italianos, os Lambruscos.

Em Flores da Cunha (RS), a vinícola Monte Reale apostou na Ancellotta para criar um rótulo exclusivo para a linha Valdemiz. Com aromas intensos e notas de frutas vermelhas, chocolate e um toque tostado, devido à maturação em barris de carvalho, o vinho está entre os mais requisitados da marca e levou o título de destaque de 2018 no prêmio Melhores Vinhos de Flores da Cunha (RS).

Segundo Eleida Mioranza, diretora da Monte Reale, a complexidade da uva é o grande diferencial deste rótulo. “A Ancellotta é muito saborosa, mas também muito difícil de trabalhar. Acredito que conseguimos extrair o que ela tem de melhor neste produto. O vinho traz um ótimo volume na boca, com uma elevada estrutura e corpo, os taninos são maduros e de excelente persistência gustativa”, afirma.

O Valdemiz Ancellotta harmoniza com carnes de caça e exóticas, além de queijos fortes. A graduação alcoólica é de 12,5%.

Os registros da produção de vinhos, legado da família, datam de 1300, ainda na Itália. Na primeira metade do século XIX, integrantes da família imigraram para o Rio Grande do Sul, onde iniciaram a atividade na Serra Gaúcha. Em 1973, Valdecir Mioranza deu o pontapé inicial para a Monte Reale, vinícola que está há 45 anos no mercado nacional e guarda mais de sete séculos de conhecimento.

Cinco marcas compõem hoje o mix da vinícola, com sede em Flores da Cunha (RS). Os vinhos de mesa e sucos são comercializados com a bandeira Monte Reale. Vinhos finos chegam ao mercado com as marcas Valdemiz e Sospirolo, que produz ainda Espumantes, Brandy e outros produtos especiais. A tradicional PNS elabora vinagres finos e, ainda, com a marca Alem Bier são produzidas cervejas artesanais.


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