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quarta-feira, 18 de julho de 2018

Regina Vanderlinde é eleita presidente da Organização Internacional da Vinha e do Vinho

Enóloga brasileira obteve ampla maioria dos votos de representantes de 46 países membros da entidade e assume o cargo por três anos

Redação

Brasileira estará à frente da maior entidade representativa da uva e do vinho do mundo pelos próximos três anos. 
Foto: OIV/divulgação

Candidata brasileira à presidência da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), Regina Vanderlinde foi eleita ao cargo no último dia 6 de julho, em Paris, com 36 votos favoráveis, de um total de 45. Ela sucede a alemã Monika Christmann. A candidatura foi coordenada pela Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em conjunto com Ministério das Relações Exteriores, e teve o apoio do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), tendo em vista a importância do setor vitivinícola para o país.

O ministro Blairo Maggi nos últimos meses defendeu a candidatura em encontros com ministros da Agricultura dos demais países-membros da organização. Regina Vanderlinde foi eleita com mandato de três anos, passando a ocupar, subsequentemente, a vice-presidência do organismo durante três anos. A nova presidente da OIV é enóloga, professora na Universidade de Caxias do Sul, formada em Farmácia Bioquímica, Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina e doutora em Enologia pela Universidade de Bordeaux.

Vanderlinde atua como delegada do Brasil na OIV desde 2001, tendo participado de comissões e de grupos de trabalho, no Comitê Executivo e na Assembleia Geral da entidade. Em 2012, assumiu o posto de secretária científica da Subcomissão de Métodos de Análises da organização, sendo a primeira representante do Brasil a ocupar cargo na organização.Também foi gerente geral do Laboratório de Referência Enológica (Laren).

Entre as suas propostas para a OIV está a construção de um modelo de comércio internacional baseado na legalidade e na transparência. Segundo a especialista, o objetivo é obter a adesão de novos membros para a entidade para que cresça mais. “Vou trabalhar para inspirar a confiança do consumidor, valorizar o vinho e aumentar o retorno econômico de quem vive da atividade”.

Entre seus objetivos está, ainda, aumentar a participação e o trabalho junto ao Codex Alimentarius, com vistas ao desenvolvimento de novos padrões internacionais, a fim de melhorar as condições de desenvolvimento e comercialização de produtos vitivinícolas.

A entidade

A OIV, organização científica e técnica intergovernamental, fundada em 1924, atua em todos os domínios referentes à uva e ao vinho no mundo, tendo 46 países membros (entre os quais o Brasil, desde 1996) e 12 organismos internacionais como observadores.

De acordo com estatística da OIV, de outubro do ano passado, a Itália é a maior produtora de vinho do mundo com 39,3 milhões de hl (hectolitros), seguida da França (36,7 milhões de hl) e da Espanha (33,5 milhões hl). O Brasil ocupa a 14ª posição no ranking, com produção de 3,4 milhões hl.


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